Os servidores vão cruzar os braços contra as reformas da previdência e trabalhista!

Os servidores da saúde vêm enfrentando, junto com os demais trabalhadores, diversos ataques às suas condições de vida e trabalho por conta das políticas neoliberais do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Com o apoio de um congresso envolvido em vários crimes de corrupção, Temer vem adotando várias medidas de “ajuste” fiscal do Estado e de ataque a direitos dos trabalhadores. Em 2016, aprovou o congelamento do financiamento da saúde e educação por 20 anos. Em março deste ano, sancionou o PL das terceirizações aprofundando absurdamente o processo de precarização já enfrentado por muitos trabalhadores da saúde hoje vinculados à terceirizadas, organizações sociais e cooperativas e bloqueando a luta histórica dos trabalhadores por concurso público. Com a contrarreforma trabalhista, Temer pretende acabar com as garantias trabalhistas previstas na CLT. Com sua aprovação qualquer direito trabalhista, férias, 13º salário, aviso prévio, hora extra, tudo enfim poderá ser perdido no processo de negociação. Temer pretende ainda ampliar a jornada de trabalho diária de 8 para 12 horas. A contrarreforma da previdência é, sem dúvida, o ataque mais duro de Temer contra nossa classe. Com ela, a grande maioria dos trabalhadores perderá a perspectiva de ter, na velhice, qualquer mecanismo de proteção social, ou seja, a contrarreforma retirará dos jovens trabalhadores a possibilidade de futuro. O objetivo do governo é impedir que os trabalhadores, principalmente as mulheres trabalhadoras, tenham acesso à previdência pública com a exigência de uma idade mínima de 65 anos e de 49 anos de contribuição para garantia da aposentadoria “integral”. Em março, os trabalhadores mostraram que não aceitarão calados os ataques de Temer. Grandes mobilizações foram construídas e começaram a fazer o governo recuar. Precisamos barrar de forma definitiva as contrarreformas trabalhista e previdenciária mas para isso precisaremos construir a greve geral. De forma unitária as Centrais Sindicais aprovaram o dia 28 de abril como um Dia Nacional de Paralisação contra as reformas da previdência e trabalhista e pontapé inicial da greve geral. Nossa tarefa agora é mobilizar as categorias, aprovar e construir um dia 28 de abril que represente o ponto de virada dos trabalhadores contra Temer e seus ataques!

28 DE ABRIL É DIA DE GREVE GERAL!

Temer (PMDB), apesar de não contar com apoio popular e ter manobrado um golpe parlamentar para chegar ao poder não está sozinho na defesa das contrarreformas. A pauta do ajuste é uma exigência de empresários, banqueiros e latifundiários preocupados em ampliar seus lucros diante da crise econômica e por isso estão na defesa unitária do governo. O ajuste fiscal de Temer tem ainda o apoio de governadores e prefeitos que juntos pretendem congelar gastos sociais, retirar direitos dos trabalhadores e privatizar patrimônio público.

No estado do Ceará, Camilo Santana (PT), por exemplo, vem aplicando cortes sobre os salários dos servidores desde o ano passado quando sequer repôs a inflação de 2015 e prossegue este ano com a apresentação de uma proposta de reajuste de 2 %.  Esta proposta de Camilo é um escárnio contra os servidores que tiveram em dezembro de 2016 uma redução de 3% nos salários pelo aumento da alíquota de contribuição previdenciária. Juntando as perdas salariais de 2015 e 2016 e o aumento da alíquota, os servidores acumulam em dois anos, 18,25% de perdas salariais.

Em Fortaleza, Roberto Claudio (PDT) parcelou a reposição da inflação de 2015 causando grande perda salarial e até o momento não apresentou nenhuma proposta de reajuste relativa à 2016. Além disso, realizou um ataque violento aos trabalhadores, reduzindo salários através do corte do vale-alimentação e bloqueando o acesso à licença-prêmio. Com o parcelamento e a não apresentação de proposta em janeiro, os servidores acumulam perdas de 12% nos últimos dois anos.

Precisamos agregar à luta contra as reformas da previdência e trabalhista, a mobilização pela campanha salarial dos servidores do estado e do município, por isso, os sindicatos estão convocando uma Assembleia Geral das categorias.  

Abaixo, edital de convocação para ASSEMBLEIA GERAL UNIFICADA:

O Sindicato dos Odontologistas do Estado do Ceará, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Ceará e o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Ceará no uso de suas atribuições legais e estatutárias convocam suas respectivas categorias a participarem de uma Assembleia Geral Unificada aos 24 de abril de 2017, 19 horas, no auditório da ABO-CE, situado à Rua Gonçalves Ledo, 1630, nesta, tendo por pauta: 1. Adesão à Paralisação Nacional contra as Reformas da Previdência e Trabalhista dia 28 de abril de 2017 e 2. Andamento da Campanha Salarial 2017. Fortaleza, 19/04/2017.

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